#数字货币市场洞察 Há sete anos tomei uma decisão que, ainda hoje, me faz suar só de pensar nela — peguei os 8 mil euros que tinha poupado para comprar casa e investi tudo em Bitcoin quando estava a 450 dólares.

Ainda me lembro da expressão dos meus pais nessa altura. Mas só tinha uma coisa na cabeça: quando surge uma oportunidade, tem de se aproveitar.

Passado pouco mais de um ano, no apartamento arrendado em Chiang Mai, de repente apareceu uma sequência de números no ecrã do telemóvel — 2,3 milhões. Fiquei a olhar para aquilo durante muito tempo, a pensar que tinha tido uma sorte do caraças.

Depois veio o bear market, mais forte que uma tempestade tropical. O saldo da conta parecia que estava a ser picado com agulhas, caiu dos 2,3 milhões para 220 mil. Enquanto fazia contas ao valor da renovação da renda, lá fora as cigarras faziam um barulho ensurdecedor. Foi aí que percebi o que era cair de tão alto.

Depois de levar tantas bofetadas do mercado, acabei por resumir algumas regras de sobrevivência:

Primeira, só investir naquilo que percebo. Nos primeiros anos ouvi dizer que terrenos virtuais podiam valorizar imenso. Nem percebia como funcionava aquilo e entrei logo — em uma semana perdi 220 mil. Mais tarde percebi: não se ganha dinheiro fora do nosso entendimento.

Segunda, diversificar a carteira. Agora metade está em Bitcoin e Ethereum, trinta por cento em arbitragem entre plataformas, e os restantes vinte por cento ficam de reserva. No ano passado, quando o ETH caiu para 1200, foi esse dinheiro que usei para reforçar a posição e não perdi a recuperação que veio depois.

Terceira, nunca usar alavancagem. Na vez que entrei a full em contratos, fui logo a zero. Depois disso, desliguei de vez a função de contratos na exchange. Não é um amplificador de ganhos, é uma máquina de destruir capital.

Quarta, analisar as notícias por mim próprio. Aqueles grupos de sinais e as moedas recomendadas por influencers são quase sempre armadilhas. Só olho para dados on-chain e para o whitepaper dos projetos. Antes do colapso da FTX, vi que havia algo errado nas reservas e tirei os ativos a tempo.

Agora já não ando atrás de grandes subidas, só quero garantir um retorno estável de 20% por ano. Este ano vou com 18%. Neste mercado, conseguir chegar até aqui já é mais importante do que tudo o resto.