Uma gestora de ativos acabou de lançar um aviso a um dos mais poderosos fornecedores de índices de Wall Street. O conflito? Se as empresas que detêm Bitcoin nos seus balanços merecem um lugar nos principais índices de mercado.

A Strive Asset Management contestou a recente proposta da MSCI que poderia, na prática, penalizar as empresas que tratam o Bitcoin como reserva de tesouraria. O gigante dos índices sugeriu excluir ou reduzir o peso das empresas com grandes participações em criptoativos — uma medida que poderia alterar a forma como os investidores institucionais encaram os ativos digitais.

O que está em causa vai além de uma simples alteração de política. Se a MSCI avançar com este modelo, empresas como a MicroStrategy e outras que apostam no BTC como reserva estratégica poderão ser excluídas dos índices. Isto significa que os fundos passivos que seguem os índices MSCI iriam automaticamente vender estas ações, independentemente do desempenho real do negócio.

O confronto evidencia uma tensão mais profunda: os guardiões das finanças tradicionais continuam a tratar a exposição a cripto como um fator de risco, em vez de uma estratégia legítima de tesouraria. Enquanto algumas empresas veem o Bitcoin como ouro digital para os seus balanços, os fornecedores de índices tradicionais aparentemente ainda não receberam essa mensagem.

Este impasse pode criar um precedente sobre a forma como a infraestrutura de Wall Street se adapta — ou resiste — à integração de ativos digitais nas finanças corporativas.