Wang Yongli | Porque é que a China insiste em proibir firmemente as stablecoins

1⃣ A rota da China está definida: fortalecer o yuan digital e continuar a reprimir severamente as criptomoedas e as stablecoins.

2⃣ As stablecoins indexadas ao dólar detêm mais de 99% do mercado, o ecossistema já está formado, e outros países que tentem criar stablecoins indexadas à sua própria moeda terão muito pouco espaço a nível global, sendo difícil justificar o investimento face ao retorno.

3⃣ A legislação americana sobre stablecoins serve, na essência, os interesses do dólar e da dívida pública dos EUA, integrando a liquidez on-chain num sistema do dólar controlável — é “América Primeiro”, e não para pagar a fatura da estabilidade financeira global.

4⃣ À medida que os criptoativos se tornam regulamentados, com a tokenização dos depósitos bancários e ativos do mundo real (RWA) em blockchain, mais cedo ou mais tarde isso irá comprimir ou até substituir o papel atual das stablecoins; países que apostem tarde nas stablecoins podem estar a escolher a estratégia errada.

5⃣ Para a China, uma stablecoin indexada ao yuan não tem vantagens internas e ainda apresenta riscos de controlo transfronteiriço. A melhor solução é: por um lado, regular estritamente as criptomoedas e stablecoins; por outro, apostar no yuan digital e numa infraestrutura financeira em blockchain regulamentada.

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