Hoje, houve um sinal digno de nota nas A-shares chinesas.

A partir das 13h34 da tarde, o setor das corretoras disparou repentinamente com forte volume, com o Bank of China Securities a atingir o limite máximo de subida e a fechar nesse valor, enquanto a Ruida Futures fez o mesmo, e empresas como Industrial Securities e Xiangcai Shares também subiram em força. O setor valorizou-se quase 3% no total, com o rácio de volume a ultrapassar diretamente os 2. O setor segurador também não ficou parado, com a Ping An e a Taiping Life a subirem mais de 6% durante a sessão, e a China Life e a People's Insurance Company of China a acompanharem, levando o setor a um ganho próximo dos 6%.

Os dois grandes pesos pesados do setor financeiro impulsionaram juntos o índice Shanghai Composite acima dos 3900 pontos. Mais de 4300 empresas no mercado fecharam no verde, algo que já não se via há muito tempo.

O momento é curioso — precisamente hoje, o Morgan Stanley emitiu um relatório, colocando a Ping An na sua “lista de foco principal”, mantendo a classificação de “primeira escolha” e aumentando os preços-alvo das A-shares e das ações em Hong Kong em 21% e 27%, respetivamente. O relatório referiu que a Ping An tem potencial de crescimento nas áreas de gestão de património para residentes, saúde e cuidados para idosos.

Esta movimentação coletiva dos tradicionais setores financeiros, combinada com a recomendação otimista das instituições estrangeiras, pode não ser apenas um simples rebound intradiário. Se isto for o início de uma tendência liderada pelas ações financeiras, centrada na recuperação de valorizações, então o movimento de capital nos mercados tradicionais poderá desencadear uma reação em cadeia em todo o sistema de avaliação de ativos de risco.

O mercado está a contar uma história, mas quanto tempo a história vai durar ainda depende de o volume de negociação conseguir acompanhar.