No círculo das criptomoedas, o que mais magoa nunca é ver os números da conta a ficar verdes, nem ficar a assistir enquanto uma moeda valoriza dez vezes sem teres entrado.

O que realmente te deixa impotente é não perceberes qual é, afinal, o teu papel neste jogo.

Quando o projeto precisa de visibilidade, tu és um "membro central da comunidade", como se realmente pudesses participar em alguma decisão. Mas assim que o hype passa, a tua voz torna-se instantaneamente "ruído" e ninguém quer saber do que gritas no grupo.

Quando o bear market traz lamentos, quem insiste em ficar é chamado de "verdadeiro crente", como se fosse algo nobre. Mas e quando chega o bull market? Aqueles que entram por último tornam-se rapidamente os "patos que compraram no topo".

Quando os KOL precisam de dados, tu és a taxa de interação; quando não precisam, nem sequer recebes uma notificação.

E é aqui que está o maior sarcasmo deste mercado — a tua identidade nunca é definida por ti, mas sim pelo papel que os outros precisam que desempenhes.