FINTECH ÁFRICA | Fintech nigeriana, Opay, aumenta avaliação em 30% após crescimento de utilizadores em 4x e aumento de 60% nas receitas desde a ronda Série C em 2021

A valorização da fintech nigeriana Opay aumentou 30% desde a sua ronda de financiamento Série C em 2021, de acordo com documentos corporativos recentes da Opera.

Como reportado pela BitKE em 2021, a ronda Série C de $400 milhões foi liderada pelo Vision Fund 2 da SoftBank, avaliando a OPay em $2 mil milhões.

A Opera, a empresa de software sediada em Oslo, Noruega, que também é responsável pelo navegador Opera, adquiriu a fintech nigeriana em 2018, então chamada Paycom, e rebatizou-a para Opay.

A Opay oferece uma vasta gama de serviços de pagamentos, incluindo transferências de dinheiro, pagamento de faturas, compra de tempo de antena e dados, serviço de cartões e pagamentos de comerciantes, entre outros. A sua abordagem de banca por agentes fornece tecnologia a uma rede de milhares de agentes que facilitam o envio e receção de dinheiro, bem como o pagamento de faturas.

De acordo com uma publicação nigeriana local, a participação da Opera na Opay tem vindo a diminuir gradualmente ao longo dos anos, caindo para apenas 6,4% em 2021.

A participação da Opera subiu para 9,4% no início de 2023, após vender a sua subsidiária fintech asiática, Nanobank, à OPay em troca de capital próprio. Após a conclusão da transação, a participação de 9,4% da Opera foi avaliada em $253 milhões, conforme indicado num relatório de abril de 2024 apresentado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

Esta valorização sugere que a OPay está agora avaliada em 2,7 mil milhões de dólares, acima da sua valorização anterior de $2 mil milhões durante a última ronda de financiamento.

Isto acontece numa altura em que a empresa teve um bom 2023, quando, devido à escassez de notas físicas, os nigerianos recorreram a aplicações fintech para pagamentos. A situação, provocada pela medida controversa do Banco Central de redesenhar as notas, provou ser uma grande vantagem para empresas como a Opay.

A empresa ‘quadruplicou a sua base de utilizadores ao longo de 2023 e aumentou o volume de negócios em mais de 60% em termos de moeda constante’, informou a Opera aos acionistas.

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