Muitas pessoas ainda não perceberam uma coisa: porque é que as tecnologias que verdadeiramente mudam o mundo, em nove casos em cada dez, vêm do outro lado do Atlântico? Porque é que o mercado de ações deles consegue subir há mais de cem anos, e quanto mais sobe, mais forte fica?

A maioria das pessoas dirá: "Isso é fácil, as empresas deles são poderosas." — Não está errado, mas só acertaram metade.

A verdadeira resposta está mais escondida, é um golpe de mestre ao nível institucional.

Esse país tem uma habilidade que mais ninguém consegue replicar: é praticamente o único sítio no planeta capaz de atrair, sem parar, as mentes mais brilhantes do mundo inteiro.

Podes ver isto assim —
O banco de talentos de que os outros países dispõem, basicamente equivale à sua própria população;
Mas o banco de talentos daquele lugar equivale, mais ou menos, à humanidade inteira.

Os outros escolhem o top 1% entre mil milhões de pessoas,
Eles escolhem o top 1% entre oito mil milhões.

O resultado é: ali há sempre excesso de génios, os outros estão sempre com falta deles.

Então, porque é que as melhores cabeças do mundo acabam todas por ir para lá?

Porque só ali é que se juntam as melhores universidades, institutos de investigação, ambiente para startups, capital de risco, sistema de stock options, tolerância ao fracasso, e ainda o mercado de capitais mais profundo do mundo — tudo isto reunido. Formando uma autoestrada do "conceito" ao "dinheiro".

Lá, ser inteligente não é só um dom, é uma moeda forte que se pode converter rapidamente e multiplicar por centenas de vezes.

Dou-te alguns exemplos e vais perceber:

Elon Musk, vindo da África do Sul, fez da Tesla e da SpaceX o topo dos carros elétricos e da exploração espacial comercial;
Sergey Brin, vindo da União Soviética, fez do Google o modo padrão de aceder à informação;
Satya Nadella, vindo da Índia, levou a Microsoft de gigante da era do PC para o clube dos três biliões de dólares na era cloud+IA;
Também da Índia, Sundar Pichai, manteve o Google/Alphabet na liderança;
Jensen Huang, vindo de Taiwan, transformou a Nvidia de fabricante de placas gráficas na máquina de imprimir dinheiro da era da IA;
Eric Yuan, vindo da China, fez do Zoom uma ferramenta indispensável durante a pandemia;
Os irmãos Collison, vindos da Irlanda, criaram a Stripe, o império invisível dos pagamentos online...

Se estas pessoas tivessem ficado nos seus países, talvez fossem apenas especialistas numa área restrita;
Mas ao irem para lá, as empresas que fundaram tornaram-se plataformas que mudaram o mundo, com valorizações de centenas de milhares de milhões, até biliões de dólares, puxando o índice do mercado de ações para novos recordes.

E assim cria-se um ciclo virtuoso impossível de copiar:

As melhores mentes do mundo → Tecnologias disruptivas → Empresas extraordinárias → Lucros explosivos → Subida prolongada das ações → Atração de mais capital → Ambiente cada vez mais fértil → Vem a próxima vaga das melhores mentes do mundo...

Por isso, o verdadeiro motivo pelo qual o mercado de ações lá está em bull market há mais de cem anos não é porque eles saibam especular, nem é sorte,

É porque ao comprares um fundo de índice, na verdade estás a partilhar os juros compostos criados por 0,01% dos melhores do mundo, com o talento e a ambição de uma vida inteira.

Esta é a verdadeira vantagem competitiva:

Não é uma muralha a bloquear os outros, mas sim um campo magnético superpoderoso, a atrair continuamente as faíscas do mundo inteiro, transformando-as numa enorme fogueira, e a converter esse calor num motor perpétuo para os mercados de capitais.

Este modelo, não é que os outros não queiram copiar — é que simplesmente não conseguem, não podem roubar, nem desligar.

Esta é a verdadeira razão pela qual o mercado de ações deles é imparável e a liderança tecnológica se mantém.