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O que mais assusta quando se joga com contratos? Liquidação forçada. Mas o risco e o retorno são gémeos, o segredo está em saber dançar na lâmina da faca.

Comecemos pela gestão de posição. Há quem goste de entrar forte com alavancagem de 10x, mas lembra-te: a perda por operação não deve ultrapassar 5% do capital. Queres jogar pelo seguro? Começa com alavancagem de 2x e diversifica por vários ativos para diluir o risco. Não ponhas os ovos todos no mesmo cesto — é um cliché, mas resulta.

Como definir o stop loss? Depende do teu perfil de risco. Os agressivos saem logo com 1% de oscilação, aceitam a perda sem hesitar; os mais cautelosos dão 5% de margem, afinal os mercados são voláteis e não queres ser expulso por uma falsa queda. O take profit é igual — ou apanhas logo 50% de lucro, ou vais realizando parte dos ganhos a cada subida de 10%. A primeira opção aposta na sorte, a segunda foca-se na certeza.

É fundamental saber usar instrumentos de cobertura. As opções, sendo ferramentas não-lineares, servem para veteranos e permitem grandes ganhos com pouco; para iniciantes, o melhor é usar futuros para cobrir posições spot — não é sofisticado, mas é fiável. A análise de mercado também segue dois caminhos: técnicos seguem gráficos para operações curtas, podendo abrir mais de dez posições por dia; fundamentalistas estudam projetos e mantêm posições durante meses.

A gestão de capital é outro desafio. Podes apostar forte em moedas voláteis, mas define sempre um limite; ou então mantém disciplina rígida, nunca investindo mais de 10% do total em cada aposta. O psicológico também pesa — só os mais duros compram no pânico, mas para a maioria, seguir o plano é mais seguro; perseguir altas ou vender em queda quase sempre leva a perdas.

A frequência de análise também conta. Day traders precisam rever e ajustar táticas diariamente; investidores de longo prazo podem rever estratégias semanalmente. Quanto às ferramentas, bots quantitativos servem para estratégias de alta frequência, mas o software de controlo de risco é ainda mais útil — alertas de liquidação podem salvar-te.

A aprendizagem nunca acaba. Uns testam novos modelos constantemente e evoluem rápido; outros preferem estudar clássicos e usar métodos comprovados ao longo do tempo como base. Ambos os caminhos são válidos, o importante é não parar.

No fim, evitar liquidação depende de equilíbrio entre disciplina e adaptação. Os experientes podem ser mais agressivos dentro de limites controlados; para iniciantes, proteger o capital é a prioridade. O mercado muda sempre, e a tua estratégia tem de evoluir — demasiado agressivo e arriscas perder tudo, demasiado conservador e pouco ganhas. Só encontrando o teu ritmo consegues sobreviver neste jogo a longo prazo.