Abrir uma conta de ações para um recém-nascido? Aos 18 anos acordar milionário?

Parece enredo de filme de ficção científica, mas isto aconteceu mesmo nos Estados Unidos. No dia 2 de dezembro, foi anunciado que iria ser criado um tipo de conta exclusiva para menores de idade, e que as crianças nascidas entre 2025 e 2028 receberiam diretamente do Tesouro 1.000 dólares como capital inicial.

Ainda mais impressionante — o fundador da Dell, nesse mesmo dia, investiu logo 6,25 mil milhões de dólares, abrindo contas para 25 milhões de crianças americanas de uma só vez. Isto demonstra claramente que a “educação financeira” quer começar logo desde o berço.

Enquanto as finanças tradicionais tentam ganhar vantagem, o mundo cripto também não fica parado. O fundador de uma das principais exchanges lançou recentemente um produto semelhante, focado especialmente em crianças dos 5 aos 17 anos. A lógica é simples: os pais abrem uma conta principal para supervisionar, a criança usa uma app independente para receber dinheiro e ver os rendimentos, mas não pode comprar ou vender à vontade, nem transferir moedas para a blockchain.

Na verdade, esta ideia é bastante inteligente — não se trata de ensinar as crianças a especular com criptomoedas, mas sim de fazer com que desde pequenas vejam os ativos digitais como algo “tão normal como um cartão bancário”. Como quando, em criança, guardavas o dinheiro do Ano Novo Chinês, agora as crianças podem estar a guardar ativos cripto.

No fundo, quer sejam corretoras tradicionais ou plataformas de cripto, todos estão a disputar o mesmo objetivo: fazer com que a próxima geração veja a “distribuição de ativos” como algo básico, em vez de só aprenderem sobre juros compostos ou cobertura de risco à pressa quando atingem a maioridade.

Só que agora, esta linha de partida já foi antecipada até à porta da maternidade.