Muitas pessoas, ao verem a KITE escolher a Avalanche, reagem imediatamente com "Mais uma nova blockchain a aproveitar a moda da IA". Mas eu acho que a questão não é assim tão simples — isto parece-me mais uma escolha racional feita por uma equipa técnica perante necessidades reais.

Pensa bem: se o que queres construir não é uma cadeia generalista para utilizadores comuns, mas sim uma rede de pagamentos dedicada a agentes de IA — transacções frequentes, de baixo valor, rastreáveis e ainda com preocupações de conformidade — rapidamente percebes que o que realmente importa não é o número de TPS apresentado em slides, mas sim uma infraestrutura que permita "personalização profunda" e que já tenha sido validada pelo mercado.

É aqui que a Avalanche se destaca. Desde a origem, foi pensada para builders: podes rapidamente lançar uma L1 independente, interoperável com a mainnet, confirmações de transacções quase instantâneas, e o melhor é que toda a cadeia de ferramentas já está pronta para ti.

Para a KITE? Isto significa que não precisa de competir por Gas com projectos DeFi, mercados de NFT ou jogos em blockchain, podendo definir regras ao seu gosto logo ao nível do protocolo — como cobrar taxas, estruturar transacções, definir critérios de acesso dos validadores, ou até criar módulos de identidade e pagamentos desenhados especificamente para agentes de IA, tudo possível de escrever no código base.

A mais recente actualização Etna da Avalanche leva esta lógica ainda mais longe. Com a proposta ACP-77, o custo de criar uma "L1 soberana" caiu drasticamente: os validadores já não precisam de apostar grandes quantias como no modelo anterior das Subnets...

(os detalhes técnicos seguintes dependem de como for implementado em cada caso de uso)