O dólar está a entrar em colapso e as stablecoins suportadas por moeda fiduciária seguirão o mesmo caminho.

As stablecoins são a pedra angular das finanças descentralizadas (DeFi), facilitando uma transferência de valor global superior a 275 biliões de dólares. No entanto, com o enfraquecimento do estatuto do dólar como moeda de reserva, as stablecoins enfrentam desafios severos. Devido à incerteza política e a uma dívida que atinge os 38 biliões de dólares, o dólar já desvalorizou 11% este ano, e a sua instabilidade ameaça os principais tokens indexados ao dólar, como o USDT da Tether (com uma capitalização de mercado de 183,3 mil milhões de dólares) e o USDC da Circle (com uma capitalização de mercado de 75,9 mil milhões de dólares). Para responder a este desafio, surgiram várias iniciativas, como a emissão de stablecoins suportadas por ouro. A Promax United de Abu Dhabi e o Burkina Faso planeiam lançar a primeira stablecoin africana deste tipo, que será suportada por reservas de ouro e minerais avaliadas em até 8 biliões de dólares, com o objetivo de reduzir a dependência do dólar e promover a negociação de moedas digitais lastreadas em ativos.