Hoje, uma notícia espalhou-se como fogo nos grupos da comunidade — um KOL do mundo cripto revelou que Trump voltou a fazer ameaças: se até 1 de novembro não houver acordo, vai impor tarifas de 155% diretamente sobre os produtos chineses.

Mal as palavras foram ditas, o mercado cripto ficou um mar de sangue. Bitcoin e Ethereum caíram a pique, e todo o mercado ficou pintado de verde (negativo). Abri alguns grupos de trading e as discussões estavam ao rubro: houve quem brincasse dizendo "este é que é o verdadeiro barómetro do mercado", e outros já em modo teoria da conspiração a perguntar "será que a família dele já tinha posições short preparadas?".

Porque é que a declaração de uma única pessoa consegue abalar todo o mercado cripto? À superfície parece uma escalada na guerra comercial, mas na essência é aquilo que mais assusta os mercados globais — a incerteza. Se dois gigantes económicos chegarem mesmo a tarifas de 155%, os mercados tradicionais vão afundar primeiro, com as acções e futuros de commodities inevitavelmente a cair também. Hoje em dia, as criptomoedas já não são um ecossistema independente; com a entrada profunda de capitais institucionais, qualquer instabilidade leva à retirada para ativos de refúgio. O Bitcoin, enquanto ativo altamente volátil, torna-se naturalmente uma das primeiras vítimas de venda. Esta queda não é exclusiva do mercado cripto, é uma debandada coletiva dos ativos de risco a nível global.

Falando ainda do “efeito Trump” e porque é tão forte. Antes, ele ainda se autodenominava “presidente das criptomoedas” e chegou a receber doações políticas em Bitcoin; então porque mudou de postura tão de repente? Na verdade, não é contraditório. Ele sempre foi mestre na pressão máxima, em criar turbulência nos mercados, e muita gente à sua volta tem interesses profundos no sector financeiro e cripto. Assim que a notícia sai, o mercado entra em pânico e a volatilidade torna-se uma oportunidade. Quanto à família dele ter operado antecipadamente? Não há provas, por isso não se pode afirmar, mas estas “coincidências” dão que pensar.

E agora surge a questão: é altura de comprar na baixa ou de fugir? Na minha opinião, a curto prazo é preciso manter a calma, mas não vale a pena entrar em pânico. Em primeiro lugar, a notícia ainda não se concretizou, e é muito provável que Trump esteja apenas a usar ameaças duras como tática negocial; a possibilidade de realmente aplicar tarifas de 155% é reduzida. Em segundo, nas anteriores quedas provocadas por eventos macro, o mercado recuperou depois, e a narrativa do Bitcoin como "ouro digital" mantém-se; após a limpeza das vendas por pânico, pode até haver oportunidade para entrar a preços mais baixos.

Mas nunca apostes tudo de uma vez! Se ele lançar novas notícias, o mercado pode voltar a cair. O segredo é abrir posições faseadamente e controlar a exposição. No fundo, isto serve de alerta: hoje em dia, quem investe em cripto não pode olhar só para o gráfico; variáveis como política internacional e economia macro são essenciais para acompanhar o ritmo dos acontecimentos.