A maior ilusão na economia atual é que “as coisas estão a ficar mais caras.”

Não estão.
O dólar é que está a enfraquecer.

E é por isso que a classe média continua a ficar para trás.

Desde 2021, os bens essenciais subiram cerca de 25–28%, enquanto os salários aumentaram apenas cerca de 20%. Os despedimentos estão a aumentar. O poder de compra real está a ser silenciosamente retirado a todos aqueles que ganham e poupam em dólares.

Entretanto, os mercados estão perto de máximos históricos.

Isto não é uma contradição — é o próprio mecanismo.

Quando a economia real entra em colapso, os decisores políticos escolhem sempre a liquidez.
Cortes, QE, intervenções no iene... escolha o seu banco central. Todos defendem o sistema da mesma forma: desvalorizando a moeda que mede o seu trabalho.

E aqui está a verdade desconfortável:

Os ativos não estão a “ficar mais ricos.”
O seu dinheiro é que está a ficar mais pobre.

Os mais ricos distanciam-se porque já possuem ativos escassos: ações, imobiliário, ouro, Bitcoin. Quando uma moeda enfraquece, tudo o que está cotado nessa moeda sobe — não porque os fundamentos mudaram, mas porque a unidade de medida encolheu.

Este é o resultado em forma de “K” que estamos a viver:

• Os assalariados perdem poder de compra
• Os detentores de ativos aumentam-no

A fuga não é política.
É posicional.

Se só tem dólares, absorve toda a desvalorização.
Se tem ativos, inverte-a.

É por isso que mantenho a maioria do meu património em ativos que beneficiam da desvalorização estrutural da moeda — especialmente aqueles com oferta fixa ou comprovadamente escassa.

O Bitcoin existe precisamente para este ambiente.
Não é uma aposta no caos; é uma saída de um sistema que tributa os poupadores através da diluição.

Não se limite a assistir de fora à decadência do sistema.
Seja dono de uma parte do sistema paralelo.